Cerca de um ano após ser mostrado no Salão Duas Rodas, o Honda ADV é lançado no Brasil. Chegando às lojas em meados de dezembro, é basicamente uma versão aventureira do PCX 150, scooter mais vendido do país, e traz o conceito do maxiscooter X-ADV 750 para o segmento de baixa cilindrada. Disponível em versão única com chave presencial e freios ABS, o ADV tem preço sugerido de R$ 17.490 - exatos R$ 3.080 a mais que o PCX DLX também com ABS.

Em relação ao PCX, as principais atrações do ADV estão na suspensão e pneus. O garfo dianteiro conta com 130 mm de curso (30 mm a mais) e na traseira os dois amortecedores da Showa possuem reservatório de gás separado, além de molas de três estágios (repare no espaço diferente entre os elos na foto abaixo), com 120 mm de curso (20 mm extras). Já os pneus são Metzeler sem câmara, com banda de uso misto, nas medidas 100/80 na roda aro 14" da frente e 130/70 na roda aro 13" traseira.

Honda ADV 150 (lançamento Brasil)
Honda ADV 150 (lançamento Brasil)

Com esse conjunto, o Honda AVD oferece 165 mm de altura livre do solo e uma altura de banco de 795 mm - contra 137 mm e 764 mm do PCX, respectivamente. O guidão também é exclusivo, mais aberto e em posição mais alta, lembrando uma moto trail. Como no X-ADV 750, o para-brisa ajusta em duas posições sem necessidade de ferramentas (embora sua bolha seja bem menor que a do irmão de alta cilindrada). 

Outros aspectos do X-ADV também foram aproveitados. É o caso do painel de instrumentos, que se assemelha ao de motos de rali e conta com diversas funções - incluindo indicação de carga da bateria, consumo médio, temperatura ambiente e um gráfico de consumo instantâneo. Por falar em consumo, o ADV possui o mesmo recurso idling stop do PCX, que desliga o motor em paradas curtas para economizar combustível. De acordo com números do Instituto Mauá, o consumo pode superar os 50 km/litro, como já observado em testes anteriores com o PCX.

Honda ADV 150 (lançamento Brasil)

O conjunto mecânico é exatamente o mesmo do PCX, com motor monocilíndrico arrefecido a líquido, de 149,3 cc, com a diferença de que o coletor de admissão é 2 cm mais longo no ADV, para melhorar a entrega de força em baixas e médias rotações. Os valores absolutos de potência e torque são idênticos aos do PCX, porém em rotações diferentes: 13,2 cv a 8.500 rpm e 1,38 kgfm a 6.500 rpm. A transmissão é automática do tipo CVT, sem novidades em relação ao modelo mais urbano.

O que muda consideravelmente é o visual, que tem toda a inspiração vinda do X-ADV 750, como podemos ver pelo desenho da carenagem frontal e dos faróis full-LED em peça dupla (em vez do farol único do PCX). Destaca-se também pelo DRL em LED acima dos faróis, além do para-brisa com recortes semelhantes aos do scooter maior. A traseira também lembra o modelo 750, neste caso pelo formato da lanterna e posição dos piscas (tudo em LED). Até mesmo o posto de comando remete ao X-ADV, por conta do formato do painel e do visor do tipo barrinha para as luzes espia. 

Honda ADV 150 (lançamento Brasil)
Honda ADV 150 (lançamento Brasil)

Como na mecânica, algumas praticidades do PCX foram mantidos no ADV. É o caso da chave presencial, que libera o acionamento do botão giratório para ligar o motor, travar o guidão ou abrir a portinhola que dá acesso ao tanque (8 litros). O banco também pode ser aberto por ali e dá acesso a um porta-objetos de 27 litros, suficiente para um capacete e uma capa de chuva. O peso total é de 127 kg a seco, apenas 1 kg a mais que o PCX. 

Fabricado em Manaus (AM), o Honda ADV será ofertado somente na versão com freios ABS e chave presencial, nas cores vermelha ou branca perolizada. A garantia é de 3 anos e a expectativa da marca é emplacar ao menos 10 mil unidades anuais.     

Fotos: autor

Edição de vídeo: Paulo Henrique Trindade

Galeria: Honda ADV 150 2021 (lançamento Brasil)

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