A Mercedes-Benz está investindo ainda mais na eletrificação, com planos de oferecer modelos da AMG e Maybach, além do Classe G elétrico. E, em breve, ainda veremos os sedãs EQE e EQS, além do hatch EQA e do crossover EQB. Com tantos carros a serem lançados, a fabricante tem que arranjar dinheiro em algum lugar, reduzindo custos como puder. Sobrou para as transmissões manuais, que deixarão de ser oferecidos gradualmente.

Não é exatamente uma surpresa, já que os carros manuais estão perdendo espaço no mundo todo. Marcus Schaeffer, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Mercedes-Benz, disse ao jornalista Greg Kable que a marca irá "eliminar transmissões manuais." A aposentadoria será gradual e irá afetar basicamente a Europa, pois a montadora não tem nenhum carro com pedal de embreagem no Brasil.

 

Outra medida de corte de custos que será implementada pela Mercedes-Benz é reduzir drasticamente sua quantidade de motores. A marca da Daimler afirma que "investimentos no desenvolvimento de motores a combustão irão cair drasticamente" como parte de um plano de reduzir a quantidade de variações em 70% até o final da década. Há uma grande chance de que os propulsores a diesel sejam o elo mais fraco, por causa das novas regras de emissões ainda mais exigentes na Europa.

Não apenas isso, pois Greg Kable ainda ouviu de Marcus Schaeffer que também há um plano de fazer uma "redução substancial nas plataformas." Ou seja, mais e mais modelos irão compartilhar arquiteturas, em uma tentativa de economizar mais ao espalhar o custo de desenvolvimento entre diversos carros.

Apesar da linha atual da Mercedes ser a maior que a empresa já teve, não foi dito sobre o fim de algum modelo específico. A fabricante já encerrou a oferta do Classe S nas variantes cupê e conversível no lançamento da nova geração, algo que pode acontecer com outros carros. Schaeffer já disse à revista inglesa Autocar que a montadora pretende racionalizar seu portfólio.

O objetivo de curto prazo é reduzir os custos fixos em mais de 20% até a metade da década, quando a Mercedes-Benz pretende cortar mais de 20% de seus gastos com pesquisa e desenvolvimento em comparação com 2019. Custos variáveis também devem ser reduzidos em 1% em relação aos do ano passado.

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