Este é o Toyota Corolla Cross, novo SUV da marca japonesa que acaba de ser apresentado na Tailândia. Será um modelo global, mas o mais importante é que também será produzido no Brasil. Com porte médio e compartilhando diversos componentes com o sedã médio, tem fabricação confirmada na unidade de Sorocaba (SP) a partir do ano que vem, posicionando-se de forma a enfrentar o Jeep Compass e futuras ofertas neste segmento, como o Ford Territory e o Volkswagen Tarek.
Como Motor1.com revelou em primeira mão em abril, quando o novo Corolla Cross foi avistado pela primeira vez em testes na Ásia, a Toyota decidiu investir primeiro em um modelo médio para o nosso mercado, mais acessível do que o RAV4 e mais rentável, reservando o projeto de um SUV menor para um segundo momento. A fabricante já investiu R$ 1 bilhão na fábrica de Sorocaba para preparar sua produção, onde é conhecido pelo código 740B.
O parentesco com o Corolla vai além do nome. Ele é montado com a mesma plataforma modular TNGA-C que o sedã médio. Especificamente no modelo asiático, as dimensões são de 4,460 m de comprimento, 1,825 m de largura e 1,615 m de altura enquanto o entre-eixos é de 2,640 m. Já a altura em relação ao solo será de 161 milímetros. São medidas que o colocam exatamente no segmento com o Compass e outros modelos médios, como Chevrolet Equinox e Peugeot 3008.
| Medidas (mm) | Toyota Corolla Cross | Jeep Compass | Peugeot 3008 | Chevrolet Equinox |
| Comprimento | 4.460 | 4.416 | 4.447 | 4.652 |
| Largura | 1.825 | 1.819 | 1.841 | 1.843 |
| Altura | 1.615 | 1.635 | 1.625 | 1.695 |
| Entre-eixos | 2.640 | 2.636 | 2.675 | 2.725 |
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O visual surpreendeu quem esperava por uma versão reduzida do RAV4. Embora tenha algumas linhas que lembrem o irmão maior, o novo Corolla Cross se apresenta com um estilo próprio. Na frente a grade segue o formato presente em outros modelos da marca, mas tem desenho inédito. Na traseira, as lanternas horizontais invadem bastante a tampa do porta-malas, mas possuem desenho mais moderno que lembra um pouco o novo Ford Escape, também futuro rival do SUV japonês por aqui.
Galeria: Toyota Corolla Cross 2021
O interior, como antecipado, aproveita muitos componentes e até mesmo o design do acabamento do Corolla. Embora o painel seja mais elevado, traz as mesmas linhas gerais, inclusive na parte superior com o mesmo desenho linear que se integra às saídas de ar nas extremidades. Os comandos do ar-condicionado, central multimídia, volante e painel de instrumentos também são os mesmos. A diferença está no console central, com uma área maior para objetos, e o revestimento em tom marrom em boa parte da cabine e bancos.
A Toyota também destaca o amplo espaço interno. Em relação ao porta-malas, a capacidade declarada pela montadora é de 487 litros sem o uso do estepe e de 440 litros ao transportar o pneu sobressalente temporário.
O conjunto mecânico do novo Corolla Cross também não é segredo. Seguirá a mesma receita do sedã, adotando os mesmos motores usado pelo Corolla em cada mercado. Ou seja, alguns países da Ásia terão o 1.8 híbrido de 122 cv, enquanto a opção não-eletrificada pode ser o 1.8 aspirado de 142 cv (como na Tailândia). No Brasil, deve ser equipado com o mesmo conjunto 1.8 híbrido flex quanto o 2.0 aspirado de 177 cv, sempre com câmbio CVT e tração dianteira.
A marca japonesa declara as versões híbridas do Corolla Cross na Tailândia tem consumo médio de 23,25 km/litro enquanto as versões a gasolina fazem 15,38 km/l de acordo com os padrões do NEDC (Novo ciclo de condução europeu).
Segundo fontes ligadas à Toyota, é possível que no Brasil o novo Corolla Cross tenha uma construção ainda mais próxima ao Corolla, inclusive com o mesmo entre-eixos de 2.700 mm. Outra diferença técnica importante para a versão brasileira deve estar na suspensão com a adoção do sistema multilink na traseira, pois na Tailândia a marca optou pelo eixo de torção. Por outro, assim como o Corolla, deve ter o freio de estacionamento manual em contraponto ao sistema elétrico do tailandes.
O novo Corolla Cross começa ser vendido já no segundo semestre na Tailândia e alguns mercados da Ásia. No Brasil, a montadora trabalha para que o planejamento industrial não seja impactado pela pandemia e assim inicie a sua produção em 2021.