Primeiro país afetado pelo surto do novo coronavírus, a China é também o primeiro a controlar a doença e voltar parcialmente à normalidade. No setor automotivo, especificamente, concessionárias começaram a ser reabertas e, segundo associações locais, 91% já estão em funcionamento.

O movimento de pessoas ainda é baixo (em média 53%, uma vez que ainda há controle sobre aglomerações), mas certamente representará a partir das próximas semanas recuperação em relação ao péssimo resultado de fevereiro, quando as vendas caíram 80% naquele que foi o maior recuo mensal da história no mercado local.

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"As vendas de carros na China atingiram um nível baixo no mês passado, mas devem se recuperar gradualmente à medida que a propagação do vírus diminui e os consumidores retornam às compras" disse um grupo da indústria automobilística. Nesse sentido, chama atenção a diferença de movimentação nas concessionárias: enquanto nas lojas de marcas estrangeiras o nível de público chega a 54%, nos estabelecimentos de fabricantes locais a taxa é de apenas 35%. O comportamento reflete aquilo que muitas pesquisas já adiantaram: em momentos de crise, o consumidor acaba optando pela segurança de empresas consagradas no mercado.

Volkswagen Tacqua - China
Novo Chery Tiggo 7 - China

Além das lojas, a própria indústria também está sendo reativada. "Indicadores em tempo real mostram que a China está reiniciando seu complexo industrial", disseram analistas da Sanford C. Bernstein. "Claramente, a retomada está em um estágio inicial, mas as coisas estão melhorando gradualmente". Várias montadoras já voltaram às atividades fabris no país, incluindo BMW, Daimler, FCA, Ford, Honda, PSA, Nissan, Tesla, SAIC (parceira local da Volkswagen), Toyota e Volvo.

A reação da China representa esperança para muitos países afetados pelo novo coronavírus. No Brasil, a produção automotiva será totalmente paralisada no próximo dia 30 e voltará à normalidade apenas depois da primeira semana de abril (prazo que poderá ser prorrogado, dependendo da situação). Ao contrário da China, vale lembrar, o Brasil ainda não viveu o pico da doença.

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