Diante das restrições de circulação e da paralisação nos principais setores da indústria, o resultado do avanço do coronavírus no mercado automotivo da China não poderia ser outro: drástica queda nas vendas. Em fevereiro, por exemplo, o país amargou recuo de 80% nos emplacamentos de veículos novos, o que representa o pior resultado mensal já registrado. Levando em conta as vendas por atacado das montadoras para as concessionárias, a queda é ainda maior: 86%. Os números são preliminares e divulgados pela Associação de Carros de Passageiros da China (PCA).

Galeria: Volkswagen Tacqua - China

O resultado é reflexo das medidas impostas pelo governo para tentar conter a disseminação da doença pelo país. Desde o mês passado, a circulação de pessoas em áreas públicas passou a ser controlada em várias cidades e o movimento nas concessionárias caiu drasticamente. Além disso, a produção industrial foi suspensa em setores importantes, o que diminuiu consideravelmente a produção tanto de fabricantes locais quanto estrangeiras. Para conter a queda, muitas lojas e governos locais começaram a oferecer descontos e condições facilitadas de compra. Está em pauta ainda a oferta de facilidades extras para aquisição de modelos específicos, como elétricos.

A notícia é vista por especialistas com bastante preocupação, tendo em vista que a China possui o maior mercado automotivo do mundo, sendo destino constante de investimentos bilionários. O setor representa parcela considerável na economia do país, que já enfrentava desaceleração antes mesmo do novo coronavírus.

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