A linha da Mitsubishi Motors do Brasil agora se resume a picapes e SUVs, segmentos nos quais a marca tem uma vasta tradição. Basta entrar no site da empresa no país para perceber a falta do Lancer, sedã médio que era produzido em Catalão (GO) desde 2014 e, até 2019, focava em custo/benefício para tentar um espaço entre Toyota Corolla, Honda Civic, Chevrolet Cruze e VW Jetta.

Este caminho era esperado. Em 2019, foram emplacadas apenas 1.353 unidades, número abaixo até mesmo do Citroën C4 Lounge e do Kia Cerato, além dos premium Mercedes-Benz Classe C e Audi A3 Sedan. O Lancer abriu espaço na linha de montagem de Catalão para o Eclipse Cross, nacionalizado no fim de 2019 e um produto mais rentável para a Mitsubishi. 

Esta geração era datada de 2007, a oitava do Lancer. No Brasil, chegou em 2011 como modelo 2012 importado do Japão. As versões MT, CVT e GT chegaram a ter companhia dos esportivos Evo X e Sportback. O motor era 2.0 aspirado com câmbio manual de 5 marchas ou automático CVT, enquanto os esportivos tinham um 2.0 turbo com câmbio de dupla embreagem e 6 marchas. 

Galeria: Mitsubishi Lancer 2018

A produção local começou em 2014. Estreou as versões HL e HL-T, mas com nenhuma grande mudança em relação ao conhecido Lancer importado do Japão. Diante de uma concorrência moderna, apostava em um preço mais próximo dos novos sedãs compactos, entre R$ 70 mil e R$ 80 mil, mas ficava devendo os controles de tração e estabilidade, por exemplo. 

Nos Estados Unidos, o Lancer já não era vendido desde 2017, assim como em outros mercados ao redor do mundo. Nem mesmo o lendário Lancer Evolution sobreviveu...

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