A nova geração do Volkswagen Golf começou a ser vendida na Europa, então o Euro NCAP já foi fazer testes de colisão com o modelo. Porém, as coisas não aconteceram exatamente como a fabricante alemã gostaria. O hatchback médio recebeu a nota máxima de 5 estrelas, porém, foi criticado por apresentar um risco grande para os passageiros traseiros ao abrir a porta no impacto do teste lateral.

De acordo com o Euro NCAP (e como pode ser visto no vídeo acima), o novo Volkswagen Golf teve a porta traseira aberta após o impacto no crash-test lateral contra uma barreira deformável. As regras da ONG dizem que a porta é considerada como aberta quando passa de um ângulo de 45° - não que precise medir, pois está claro que isso aconteceu.

“Abertura de portas durante colisões são penalizadas pelo Euro NCAP desde o começo, pois elas representam um risco crítico de ejeção dos ocupantes”, explica Michiel van Ratingen, secretário-geral do Euro NCAP. “Abertura de portas são raras hoje em dia, então é importante que a Volkswagen se comprometa a encontrar a razão.”

Apesar da crítica, o protocolo diz que a penalização é de apenas um ponto na nota total do teste para cada porta aberta. Isso não afetou muito, pois o Golf conseguiu nota máxima no crash-test contra poste e, se a porta não tivesse aberto, teria recebido pontuação máxima também no impacto contra barreira. No final das contas, isso reduziu a pontuação total de impacto lateral (barreira + poste) em 0,5 ponto.

Galeria: VW Golf 2020 crash test pelo Euro NCAP

No restante da avaliação do Euro NCAP, o Golf Mk8 mostrou boa proteção no crash-test frontal, com o pior resultado na região do peito do passageiro traseiro no teste contra barreira rígida completa (simulando uma batida de frente contra um muro), recebendo nota “marginal”. Todos os outros pontos de proteção tiveram média “Boa” (a melhor possível) ou “Adequada” (a segunda melhor).

Outro ponto que o Golf não foi tão bem assim foi na proteção para pedestres, por conta das colunas A, que têm um material mais rígido e foi considerado como risco no caso de atropelamento. Não foi o suficiente para reduzir muito a nota do carro, que mostrou proteção melhor na região do capô, sem causar muitos danos para as pernas e pélvis do pedestre.

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