Investigada há pelo menos três anos por manipulação de resultados comerciais na América do Norte, a FCA terá de desembolsar cerca de US$ 40 milhões para pagar multas aplicadas pelo Departamento de Justiça e Comissão de Valores Mobiliários dos EUA. A ação diz respeito à fraude cometida pela montadora entre 2012 e 2016 sobre a divulgação falsa de relatórios de vendas de veículos novos.

Segundo os órgãos de fiscalização, a empresa emitiu falsamente uma série de números com crescimentos mensais ininterruptos de vendas ano após ano, dando a impressão de posição competitiva diante da concorrência. A verdade, porém, é que a série de crescimento foi quebrada ainda em setembro de 2013 (três anos antes do divulgado).

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"Os novos números de vendas de veículos fornecem aos investidores informações sobre a demanda pelos produtos de uma montadora, um fator-chave na avaliação do desempenho da empresa", explica Antonia Chion, diretora associada da Divisão de Execução. "Este caso ressalta a necessidade de as empresas divulgarem de verdade seus principais indicadores de desempenho".

De acordo com as conclusões da Comissão de Valores Mobiliários, a FCA pagou até revendedores para relatar vendas de veículos falsos e manter um banco de dados de vendas reais, mas não reportadas. Os funcionários da fabricante costumavam se referir a isso como um "pote de biscoitos".

A empresa foi então denunciada por violar as disposições antifraude Securities Act de 1933 e Securities Exchange Act de 1934, além do registro de informações do Exchange Act. Oficialmente, a FCA se defendeu afirmando que revisará os procedimentos para apurar os relatórios de vendas de veículos, de modo a controlar as informações para evitar que o caso se repita.

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