Em 2010, a Bugatti entrou pra história quando o piloto Pierre Henri Raphanel bateu o recorde de velocidade com o Veyron Super Sport, chegando a 430,9 km/h (267,8 mi/h). Alguns anos depois, o chinês Anthony Liu estabeleceu o recorde para carros conversíveis com o Veyron Grand Sport Vitesse, a 408,8 km/h (254 mi/h). E essa história termina em 2019, com o Chiron guiado por Andy Wallace alcançando os 490,4 km/h (304,7 mi/h).

Não veremos mais nenhuma tentativa de recorde de velocidade máxima por parte da Bugatti (ao menos não no futuro próximo). Quem diz isso é Stephan Winkelmann presidente da fabricante, que afirma que a empresa alcançou seu objetivo de ser a primeira montadora a passar da barreira das 300 mi/h (482,8 km/h), e que agora é o momento de "focar em outras áreas".

Galeria: Bugatti Chiron Sport - Recorde de velocidade

Isso significa que a Koenigsegg, a preparadora Hennessey e a SSC North America serão as únicas empresas a continuarem a busca por recordes de velocidade máxima para carros de rua. Vale lembrar que o Chiron Sport, utilizado para chegar aos 490 km/h, não está disponível para vender, então não é exatamente um carro de produção. Porém, rumores dizem que ele é uma versão inicial do futuro Chiron Super Sport.

Não seria nenhuma surpresa, já que a Bugatti lançou o Veyron SS World Record Edition há alguns anos, embora tivesse velocidade máxima limitada a 415 km/h, pouco menos do que o recorde. O conversível Grand Sport Vitesse também teve uma edição WRE para celebrar o marco.

A Bugatti ainda divulgou mais alguns detalhes sobre o protótipo, em especial sobre os pneus. Utilizou pneus Michelin Pilot Sport Cup 2, o mesmo tipo usado no Chiron, mas reforçados para aguentar a velocidade. Aumentaram as bandas para aguentar a força de 5.300 G, sem passar do limite para que ainda possa ser usado nas ruas, outra indicação que a marca deve lançar um Chiron SS.

Os pneus rodam até 4.100 vezes em um minuto e foram testados nos Estados Unidos em velocidades até 511 km/h. Cada pneu foi analisado com raio-x para garantir otimização máxima e o Chiron recebeu um conjunto novo logo antes da tentativa de bater o recorde.

Atrás do volante estava Andy Wallace, que conhece bem a rotina de buscar recordes de velocidades. Ele marcou um em 1998, com um McLaren F1, quando chegou a 386,2 km/h. Nesta nova tentativa, Wallace acelerou o Chiron até 300 km/h com intervalos de 50 km/h para ter certeza que o carro estava em ordem antes de pisar fundo e chegar aos 490 km/h na reta de 8,8 km. Em velocidade máxima, o esportivo percorreu 136 metros por segundo.

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