Lançada oficialmente em 2017 com a expectativa de criar um novo nicho e se posicionar como a primeira picape média de uma montadora premium europeia, a Mercedes-Benz Classe X parece ter falhado em sua missão. Durante entrevista concedida à agência de notícias Reuters, o chefe da Mercedes-Benz Vans (área responsável pela comercialização da picape) admitiu que as vendas globais do modelo estão bem abaixo das previsões da empresa. Marcus Breitschwerdt não explicou os motivos do fraco desempenho, mas relatou que pode haver relação com a desaceleração da procura por veículos a diesel - fenômeno que vem atingindo fortemente a divisão comercial.

Galeria: Mercedes-Benz Classe X

Há algumas semanas, fontes ligadas à Mercedes-Benz relataram que a Classe X poderia não ter futuro dentro da marca e ser descontinuada já na atual geração. O modelo é fruto de uma parceria com o grupo Renault-Nissan e a relação entre as marcas estremeceu depois que a produção da picape na Argentina foi cancelada. Oficialmente, Breitschwerdt não confirmou a informação, mas adiantou que atualmente a administração da empresa está ocupada realinhando toda a orientação estratégica. O executivo também afirmou que não há qualquer interesse em desenvolver uma picape maior, aos moldes da Ford F-150 ou Chevrolet Silverado.

Durante todo o ano de 2018, a Classe X vendeu globalmente apenas 16.700 unidades, sendo oferecida na Europa, Austrália e África do Sul. Embora seja um modelo considerado de nicho e de alcance comercial restrito na comparação com outras picapes médias, o resultado é desanimador. Para efeito de comparação, Toyota Hilux e Ford Ranger emplacaram no mesmo período 549.585 e 267.207 unidades, respectivamente. No Brasil, o lançamento da Classe X era previsto para este ano, mas o cancelamento da produção na Argentina praticamente inviabilizou o plano. 

Fonte: Reuters 

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