Anunciado ontem (24) pela agência de notícias Reuters com previsão de pelo menos 10.000 demissões, o programa global de reestruturação da Nissan acaba de ser confirmado com mais desligamentos do que o imaginado. Ao todo, o plano extinguirá 12.500 postos de trabalho mundialmente, o que representa redução de 9% da força de trabalho total da empresa.
Até o momento a marca não confirmou quais regiões serão afetadas pelos cortes, mas o site Carsdrive adianta que as fábricas de Santa Isabel, na Argentina, e Resende, no Brasil, estão fora da lista. A informação foi confirmada pela filial argentina da empresa e representa certo alívio, já que a Reuters havia levantado a possibilidade de o Brasil ser atingido.
Assim como estão fazendo grandes grupos como Ford e General Motors, a Nissan está reorganizando seu modelo de negócios global. A marca registrou queda significativa de 94,5% no lucro líquido entre os meses de abril e junho e decidiu colocar em prática uma nova estratégia. O resultado amargo está relacionado principalmente à estagnação das vendas nos Estados Unidos, Europa e Ásia, além de incertezas políticas, tarifas e pesados investimentos em eletrificação e tecnologias autônomas.
Pesa contra ainda uma linha de produtos parcialmente envelhecida, incluindo modelos-chave como os SUVs Qashqai e Juke, e a própria concorrência cada vez mais acirrada neste segmento.
A marca diz ainda que fará pesados investimentos em tecnologias, especialmente no programa de assistência ao motorista ProPilot, além de desenvolver veículos elétricos e novas baterias. Também está nos planos a atuação em novas frentes, como serviços de mobilidade e compartilhamento.
Fonte: Autocar
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