Apesar de todo o esforço da indústria para desenvolver e aperfeiçoar tecnologias elétricas de propulsão, algumas montadoras ainda acreditam que a extinção dos motores a combustão não acontecerá de maneira tão imediata. É o caso, por exemplo, da BMW, que acredita na manutenção dos propulsores tradicionais no mercado por pelo menos mais 20 ou 30 anos.

Em entrevista recente concedida à agência de notícias Automotive News, Klaus Froelich, diretor técnico da empresa, disse acreditar na sobrevivência dos motores a diesel até meados de 2040 e na preservação dos blocos a gasolina até pelo menos 2050. “A mudança para eletrificação é exagerada”, completou.

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Froelich disse também que os elétricos ainda são consideravelmente mais caros de produzir e demandam matérias-primas muito específicas por causa das baterias. Na visão do executivo, a situação pode piorar nos próximos anos, uma vez que as montadoras precisarão de mais e mais desses materiais para aumentar a produção de EVs. Apesar disso, a manutenção dos motores a combustão não será tão ampla como hoje e várias opções atualmente em oferta serão descontinuadas. É o caso do propulsor 1.5 turbodiesel que a BMW oferece nos carros da Mini e em seus próprios modelos compactos e do 3.0 de 6 cilindros quadri-turbodiesel empregados nos Série 5, 7 e X5. A renovação de ambos para as novas leis anti-poluição seria muito dispendiosa e, na prática, os investimentos não se justificariam.

No campo da gasolina, o poderoso V12 usado no Série 7 e modelos da Rolls-Royce também não terá futuro, dada a baixa demanda e os altos custos de produção. Até mesmo o conhecido 4.4 V8 tem destino incerto, uma vez que pode ser substituído por um 6 cilindros híbrido. Os motores de 4 cilindros, assim como os de 6, é que ficarão por mais tempo.

Fonte: Automotive News Europe

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