Aguardada com grande expectativa há anos, a entrada da Volkswagen no concorrido segmento de picapes nos Estados Unidos parece estar cada vez mais próxima de se tornar realidade. Em reportagem recente, o site The Detroit News detalha parte das estratégias da marca e revela que a abordagem planejada será inovadora em relação a tudo o que já existe no mercado local. Nesse sentido, fica claro que o foco não será competir com as chamadas gigantes de Detroit (Chrysler, Ford e General Motors), mas sim apostar no lançamento de um modelo alternativo, capaz de atrair clientes dos mais variados segmentos e render bom volume de vendas.
“À medida que as picapes de tamanho médio cresceram (ao ponto ficaram tão grandes quanto os modelos full-size de décadas atrás), se tornaram mais caras e menos eficientes, enxergamos espaço para um veículo de porte mais compacto, potencialmente acessível e de baixo consumo”, disse o o vice-presidente sênior de marketing de produtos da VW, Hein Schafer. "Então, nós queremos mostrar algo um pouco diferente - algo que está um pouco mais de acordo com o que um potencial cliente da VW poderia esperar", completou. Oficialmente o executivo não confirmou, mas todos os indícios apontam para o lançamento da Tarok, apresentada no Salão de São Paulo em 2018 e levada para o Salão de Nova York neste ano.
A escolha sobre a Tarok teria sido definida não apenas pela estratégia inovadora de criar um segmento inédito, mas também pelo receio de não lograr sucesso com a Tanoak (picape monobloco como a Tarok, porém com dimensões bem maiores e desenvolvida a partir do SUV Atlas). Esta última seria produzida dentro do mesmo conceito da Honda Ridgeline e teria de concorrer diretamente com Toyota Tacoma, Ford Ranger e Chevrolet Colorado (missão que o modelo Honda não desempenha com tanta maestria, apesar de bastante elogiado pela imprensa local). Dessa forma, criar uma nova categoria com a Tarok (sem a necessidade de brigar com rivais construídas sobre chassi) parece ser uma estratégia mais segura.
Analistas de mercado afirmam que quanto menor o tamanho da picape, mais fácil é para marcas estrangeiras conseguirem se estabelecer. Isso porque, nos segmentos superiores, o índice de fidelidade para marcas domésticas é extremamente elevado (vide a diferença da Ford F-150 para a Nissan Titan, por exemplo). Ciente disse, a VW praticamente já cortou da lista de possibilidades um eventual lançamento da Tanoak ou da próxima geração da Amarok nos EUA. Além disso, já começa a amadurecer junto aos consumidores a ideia de um modelo inédito e menor. Em seu site, a marca recentemente rememorou a trajetória da VW Pickup (produzida na Pensilvânia entre 1979 e 1984 com base no Golf da época) e lançou a pergunta: "a América está pronta para uma picape menor de novo?".
Diante disso, não parece mais haver dúvidas sobre a escolha da Tarok. Resta saber apenas detalhes específicos sobre preços e local de produção. Hein Schafer já disse que, para ser competitiva, a picape precisa ser produzida na América do Norte e o fato de usar a plataforma MQB como base facilita consideravelmente os planos. Quanto ao preço, estima-se valor inicial na casa dos US$ 20.000 e final de US$ 30.000, com foco no público jovem e de estilo de vida mais alternativo.
Fonte: The Detroit News
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