A Toyota é uma das poucas montadoras que passou relativamente incólume pela pior fase recente da indústria automotiva nacional. Com a performance impressionante do Corolla, além das chegadas dos Yaris hatch e sedan, a marca japonesa fechou o ano de 2018 com o melhor desempenho de sua história no Brasil. 

Em uma conversa com Motor1.com nesta terça-feira (12) em São Paulo, Steve St. Angelo,CEO da Toyota para a América Latina e Caribe e Chairman da Toyota do Brasil, celebrou os resultados do ano passado e afirmou que projeta dar continuidade ao crescimento em 2019 com um novo aumento de vendas na região da ordem de 9,5%. Para atingir essa meta, a montadora espera vender 219 mil veículos este ano, contra pouco mais de 200 mil unidades do ano passado.

Galeria: Toyota Corolla 2019 - Início da produção na Europa

A base para o crescimento, destaca a Toyota, está na eficiência operacional de suas fábricas instaladas no país. Operando em capacidade plena, espera atingir volume de produção de 225 mil veículos, 7,6% maior que em 2018. Deste volume, 28,2% será exportado para a América Latina, ou seja, quase 65 mil unidades de tudo o que a Toyota vai produzir localmente.

Atualmente, os modelos Etios e Corolla são exportados para seis países, enquanto o Yaris, lançado em junho de 2018, vai para Argentina e Colômbia. Na América Latina, a Toyota vendeu mais de 400.000 veículos em 2018, crescimento de 5% sobre 2017, resultado que contribuiu com 14% do crescimento da empresa em todo o mundo.

“Em 2013 a Toyota iniciou seu plano de regionalização na América Latina e agora podemos ver os frutos dessa iniciativa. No ano passado, em comparação com 2012, nossa produção na região cresceu 87%, as vendas aumentaram em 37% e nosso market share saltou de 5,2% para 9,5%. Sonhos como este só acontecem quando trabalhamos juntos como um time e uma região. Nós queremos seguir colaborando e sermos cada vez mais competitivos em nível global”, afirmou St.Angelo.

No ano em que celebrou 60 anos no Brasil, a Toyota concluiu um ciclo de mais de R$ 2,6 bilhões em investimentos, anunciados ao longo dos últimos três anos. Deste montante, R$ 1,6 bilhão foi direcionado ao projeto Yaris, sendo R$ 1 bilhão para instalar nova linha de montagem na planta de Sorocaba (SP) e R$ 600 milhões para a expansão da fábrica de motores de Porto Feliz (SP).

Ainda em 2018, a Toyota do Brasil anunciou um investimento de R$ 1 bilhão para a modernização de sua fábrica de Indaiatuba (SP), unidade que produz o Corolla. 

“De 2012 até aqui, após avaliarmos cuidadosamente todo o potencial para expansão no Brasil, decidimos iniciar, de forma responsável, equilibrada e coerente com os nossos valores, um novo ciclo de investimentos, com horizonte de longo prazo. Foi exatamente nos períodos mais críticos da crise econômica no Brasil que trouxemos estes investimentos. Isso demonstra a força e resiliência de nossos colaboradores, fornecedores e concessionários e a importância da inteligência de negócios, com planos que ultrapassam o curto prazo e se traduzem na confiança que nossos clientes depositam sobre a marca”, avalia Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.

Galeria: Toyota Prius Flex - Apresentação

No ano passado, a montadora anunciou o desenvolvimento e a confirmação de produção local do primeiro veículo híbrido flex do mundo. Embora a montadora tente manter o mistério ao não dizer qual modelo terá essa tecnologia, sabemos que se trata da nova geração do Corolla.

Em 2019, o grande lançamento da Toyota no Brasil será justamente o novo Corolla. Agora produzido sobre a plataforma TNGA, a mesma do Prius, o sedã médio mais vendido do Brasil evoluirá em construção, dirigibilidade, tecnologia embarcada e ganhará opção do sistema de propulsão híbrido. Além do lançamento do renovado sedã no segundo semestre, a Toyota também deve lançar a nova geração do RAV4, o carro (excluindo picapes) mais vendido dos Estados Unidos, conforme antecipamos na ocasião do Salão de Detroit.

Toyota RAV4 Hybrid

Já a novidade mundial, o novo Toyota Supra, não tem planos para o Brasil. Em conversa com St. Angelo em Detroit, o executivo afirmou ao Motor1.com que a alta carga tributária inviabiliza a sua importação, embora tenha fica extremamente animado com a possibilidade. 

Fotos: divulgação

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