Associação responsável por reunir as principais fabricantes de veículos do país, a Anfavea questiona em diversas reportagens publicadas nesta semana a falta de clareza dos planos de governo dos presidenciáveis quanto ao setor automotivo. Em nota, a entidade diz que tem acompanhado as propostas de todos os candidatos para entender as políticas que serão adotadas na área, mas esbarra não falta de detalhamento e especificidade. A mesma visão é compartilhada por associações dos setores químico (Abiquim), máquinas industriais (Abimaq), infraestrutura (Abdib) e plástico (Abiplast).

Dando destaque ao fato de ser apartidária e se posicionar com neutralidade no processo eleitoral, a Anfavea diz esperar que o próximo governo “atue nas questões estruturais e promova as reformas necessárias para a melhoria da competitividade e da previsibilidade, visando o desenvolvimento da indústria brasileira e consequentemente do Brasil”. Mas quando analisa cada plano de governo, a entidade não encontra ações bem detalhadas ou projetos especificamente direcionados para o setor.

No caso do candidato Fernando Haddad (PT), o plano defende um projeto de reindustrialização, com foco na modernização do parque local para acompanhar a chamada quarta revolução da indústria. Além disso, há menção à uma Reforma Fiscal Verde, que premiaria inovação em soluções com baixa emissão de carbono.

Fábrica da Honda - Sumaré

Por sua vez, as ações de Jair Bolsonaro (PSL) incluem um plano de reorganização da área econômica com a junção de todos os assuntos em um único ministério responsável por abrigar as pastas da Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio e Secretaria Executiva do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). O documento, assim como o de Haddad, também destaca estímulo à inovação e à indústria 4.0 por meio de políticas “do lado da oferta”.

Outra preocupação é quanto à Medida Provisória nº 843/2018, que cria a política industrial conhecida como Rota 2030. A proposta ainda está em fase de avaliação na comissão mista formada por Câmara e Senado e se não for votada no máximo até novembro perderá a validade.

Fonte: Anfavea via Automotive Business 

Galeria: Volkswagen - Fábrica de Taubaté (SP)

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