A Renault-Nissan - que ainda possui parte da Mitsubishi - não é uma empresa só, como acontece com a Jaguar Land Rover. Mas Carlos Ghosn, o CEO da aliança, quer que isso mude em breve. Mas diferente do que era esperado, o próprio Ghosn diz que isso não acontecerá nem neste ano, nem em 2019. 

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Em entrevista para a Bloomberg, o CEO diz que procura um acordo entre as empresas já pensando nos desafios do futuro. Segundo ele, tal manobra é necessária pelos desafios do futuro em elétricos e autônomos. Como o processo de desenvolvimento e produção destas tecnologias são caras, muitas empresas buscam tal caminho para viabilizar as novas tecnologias e não ficar para trás em um futuro próximo. 

Hoje, a aliança é assim: a Nissan possui 15% da Renault, sem direito a voto nas decisões da diretoria. Já a Renault tem 44%, com direito a voto na empresa japonesa. A grande questão é que o governo francês tem 15% da Renault, posicionada como acionista majoritária. 

“Isso é algo que precisamos achar uma solução, e precisamos de uma solução em específico. Vamos tentar achar algo que agradará os acionistas de ambas as empresas, mas ao mesmo tempo manter a identidade de cada marca", disse Carlos Ghosn.

Ghosn usa a aliança da Daimler AG com a Chrysler como exemplo do que não fazer, pois  acabou quando elas tentavam se tornar apenas uma só e a Chrysler foi adquirida pela Fiat, tornando a FCA. A grande questão do futuro é que os clientes buscam pelo autônomo, mas os elétricos ainda precisam evoluir mais, mesmo com a crescente busca pelo segmento. A Nissan já avançou bem na área, com o Leaf, o elétrico mais vendido do mundo. Os planos incluem 15 autônomos da dupla, com oito elétricos da Renault até 2022. 

Fonte: Bloomberg

Galeria: Avaliação Nissan Leaf no Japão

Foto de: Redação
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