Após tantos resultados polêmicos envolvendo os testes de impacto lateral do Latin NCAP, o governo brasileiro finalmente irá resolver a falha que permitia que os carros menos seguros chegassem às ruas. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou no último dia 22 uma resolução que irá exigir que todos os veículos passem por teste de impacto lateral para que possam ser vendidos no Brasil. A exigência começa a valer em 2020.

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Como toda decisão do Contran, o teste lateral obrigatório será adotado em duas fases. A primeira, válida a partir de 1º de janeiro de 2020, vale para modelos novos ou que passem por grandes mudanças. A partir de 2023, todos os carros que forem vendidos devem passar pelo crash-test adicional.

O teste seguirá a mesma norma usada pela ONU e que foi adotada por entidades como o Global NCAP. Os carros irão colidir contra uma barreira móvel deformável, a uma velocidade de 53,6 km/h. O Contran estabelece os seguintes requisitos para que o carro seja aprovado:

  • As portas não podem se abrir – como aconteceu com Onix e Ka;
  • Deve ser possível abrir um número suficiente de portas para entrar e saída normal dos ocupantes e, se necessário, deslocar o encosto dos bancos para que os ocupantes possam sair;
  • Ser possível liberar o manequim dos sistemas de retenção;
  • Nenhum componente ou dispositivo interno do habitáculo deve se destacar de forma que gere risco de ferimentos;
  • Rupturas são aceitáveis, desde que não aumentem o risco de ferimentos;
  • Qualquer vazamento de líquidos não pode exceder 30 g/min, inclusive se for uma mistura de líquidos diferentes.

Como já acontece com os testes de impacto frontal e traseiro, as próprias fabricantes farão o crash-test e apresentarão os resultados ao governo, durante a etapa de homologação do veículo. Também serão aceitos testes feitos em laboratórios certificados fora do país, desde que cumpram os regulamentos técnicos das Nações Unidas ou dos Estados Unidos.

Fotos: Divulgação

Galeria: Crash Test - Ford Ka/Ka+

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