O grupo Liberty Media começará a colocar em vigor um plano para dar aos fãs de F1 uma experiência completamente nova na forma com que a categoria será transmitida pela televisão neste ano.

O diretor comercial da F1, Sean Bratches, se reuniu com as equipes antes do Natal para discutir ideias para a temporada de 2018, e uma das maiores áreas que passará por mudanças será na transmissão das corridas.

Diretor executivo da McLaren, Zak Brown, afirmou que está empolgado com o que está sendo proposto, e afirmou que isso será uma ótima notícia para aqueles que querem se aproximar das ações.

Ao blog James Allen on F1, Brown disse que está otimista com o que o Liberty tem preparado para os fãs.

“Antes do Natal, Sean Bratches apresentou a nova estratégia comercial da F1 a nós, as equipes. Há uma grande ênfase no digital, como sabemos, mas o ano passado tratou-se de fazer testes”, disse Brown.

“Para este ano, há produtos em vigor, como um novo aplicativo da F1, plataforma de streaming, e eles trouxeram David Hill, um dos grandes inovadores de esporte na televisão, para supervisionar o pacote gráfico e a forma com que a corrida é televisionada.”

“Você verá mudanças significativas na transmissão, nos gráficos e na forma com que a história é contada.”

“Então, nos eventos, teremos mais engajamento de fãs, dando continuidade ao ano passado, e haverá novas propriedades de mídia para ajudar os fãs a se aproximarem das equipes.”

“Acho que o grande impacto de 2018 será no lado da mídia, mostrando a F1 de uma forma que ela nunca foi mostrada antes. Isso proporcionará uma audiência mais jovem e maior, e eles estarão mais engajados.”

Guerra aberta nas negociações

Enquanto vê com bons olhos a tentativa do Liberty em melhorar as coisas para os fãs, Brown também previu “explosões” nas negociações com as equipes acerca do futuro do esporte.

Já houve certo desconforto apresentado por Ferrari, Mercedes e Renault sobre o futuro do regulamento de motores, além de preocupações quanto à queda da quantia que é repassada às equipes da verba de direitos comerciais.

Brown acrescentou: “O período de lua de mel acabou. Alguns executivos já criticaram abertamente o Liberty. Eu prefiro que sejamos construtivos. Eles acabaram de se estabelecer na mesa, há seis ou 12 meses, tendo herdado um esporte que antes era operado de forma incomum.”

“Eles precisaram estabelecer uma infraestrutura, aprender o ambiente e priorizar em que investir – tudo isso ao mesmo tempo.”

“Haverá algumas negociações se desenrolando em 2018 com as equipes quanto à renovação de contrato, e prevejo que haverá explosões públicas. Já estamos começando a ver isso.”

“Eu não acho que será calmo. A Ferrari vai realmente sair se eles não gostarem das novas regras? Eu tenho minha opinião, mas vamos ver como isso se desenvolve.”

Guerra de gastos da Fórmula E

Brown também alertou para o risco que a Fórmula E pode ser exposta com a chegada de fabricantes como Mercedes e Porsche, o que poderia causar um aumento de gastos.

“Uma coisa a se observar é que as fabricantes não transformem isso em uma corrida tecnológica, como eles fizeram com outras categorias, o que resultou em suas quedas”, disse.

“O que aprendemos com as fabricantes gastando e gastando no DTM ou LMP1? Adoramos fabricantes, mas não podemos ter corrida com gastos ilimitados. Isso fere o esporte. Como a Fórmula E irá controlar os custos?” 

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