O governo divulgou mais alguns detalhes do Rota 2030, novo programa do setor automotivo que irá substituir o Inovar-Auto a partir de janeiro de 2018. Em entrevista à Agência Brasil, o secretário de Desenvolvimento e Competitividade industrial do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Igor Calvet, revelou que uma das metas será oferecer incentivos semelhantes tanto para os carros nacionais quanto os importados.

 

Comparativo - Toyota Prius e Corolla Altis

 

“Desta vez, o governo brasileiro tem tentado e vamos conseguir, com razoável êxito, fugir dessa controvérsia. Vamos tentar fazer incentivos todos horizontais, que valem tanto para a indústria que produz como para a que apenas comercializa no país, no caso, os importadores”, explica Calvet. O Brasil foi condenado pela Organização Mundial do Comércio pela sobretaxa de 30 pontos aplicados no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para importados.

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Recentemente, Luiz Miguel Falcão, coordenador da secretaria de desenvolvimento do MDIC, disse ao site Automotive Business que essa taxa, apelidada de Super IPI, seria extinta e que o governo iria cobrar impostos de acordo com a cilindrada do motor que equipa o carro. A informação foi desmentida pelo MDIC poucos dias depois, em um comunicado. Ainda discutem qual será a alíquota do IPI e se ela será baseada na eficiência energética ou na cilindrada.

Mais segurança e eficiência

Outro ponto da Rota 2030 será melhorar a tecnologia dos carros no Brasil, tanto em emissão de poluentes e consumo de combustível, quanto em sua segurança. “Custos relacionados a acidentes de trânsito superam bilhões de reais, tanto em termos previdenciários como no âmbito do Sistema Único de Saúde”, disse o secretário. Infelizmente, não adiantou nenhum detalhe sobre como será a política para incentivar a segurança. Há uma movimentação no governo, no entanto, com Projeto de Lei pedindo pela obrigatoriedade dos testes de colisão.

 

2017 Honda CR-V Crash Test

 

Apesar de ficarem de olho na sustentabilidade, ainda não há nenhum ponto definido para incentivar as vendas de híbridos e elétricos. “Pode ser que incentivos venham aí. Estamos repensando, para ver se vale a pena fazer uma reestruturação na forma de tributação de veículos híbridos e elétricos do país”, revela Calvet. Qualquer alteração do programa viria depois pro Medida Provisória ou decreto, já que o Rota 2030 precisa ser aprovado e assinado para entrar em vigor três meses depois.

Fonte: Agência Brasil

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