Não será nesta geração que o BMW Série 1 Sedan, já à venda na China, chegará a outros mercados de grande volume. Em entrevista recente concedida à revista britânica Autocar, uma fonte ligada à marca afirmou que, pelo menos nesta "encarnação", não há planos para lançar o três-volumes em mercados da Europa ou da América do Norte, por exemplo. Estudos de viabilidade levando em conta um eventual desembarque global até estão sendo feitos, mas com foco apenas na próxima geração, prevista para 2021.
De acordo com o informante, executivos temem que o Série 1 Sedan possa ir além das expectativas iniciais e atrapalhar, por exemplo, as vendas do Série 3. Este, não custa lembrar, é o carro mais vendido da empresa no mundo atualmente e fornece retorno com margens de lucro bem maiores que o modelo menor. Na prática, é estrategicamente mais racional priorizar o sedã maior a nível global e, pelo menos até a troca de gerações, deixar o pequeno Série 1 restrito à China.
"Nós não queremos entrar em uma situação como a vivida pela Audi, onde o modelo menor acabou roubando as vendas do modelo maior", disse a fonte, atentando para a sobreposição existente entre o A3 Sedan e o A4.
E no Brasil?
Levando em conta a estratégia de restringir o Série 1 à China, são poucas as chances de um eventual desembarque no Brasil. Por aqui, o modelo poderia facilmente ser posicionado abaixo do Série 3 (vendido a R$ 164.950 iniciais), de modo a rivalizar com o Honda Civic Touring e o próprio A3 Sedan. Poderia até mesmo ser montado localmente, na fábrica de Araquari (SC).
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