Em 2012, a Audi comprou a Ducati por 860 milhões de euros. Mesmo assim, a empresa alemã manteve boa parte da diretoria nas mãos dos italianos, o que não prejudicou o que chamam de "alma italiana" da fabricante de motocicletas. O tempo passou, o Dieselgate balançou os cofres do Grupo VW e a Ducati foi colocada à venda. A questão é: quem comprará a Ducati? Uma das empresas interessadas é a SAIC Motors, parceira da Volkswagen na China para a produção de seus modelos na China e que tem o mesmo acordo com, por exemplo, a General Motors. É uma das 4 maiores do país e já foi uma propriedade do governo de Xangai. 

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A pedida pela Ducati é de 1,5 bilhão de euros. Pode parecer muito, mas a Ducati registrou 51 milhões de euros de lucro líquido só em 2016. Além disso, é uma forte concorrente da Honda e Yamaha no MotoGP, algo muito importante na hora de atrair clientes para as esportivas e trazer tecnologias das pistas para as ruas. 

 

 

As novas motos da Ducati para o MotoGP

 

A Hero MotoCorp, indiana, também mostrou interesse no negócio. Diferente da SAIC, ela já tem uma experiência com motocicletas, mas abaixo dos 250 cm³ de cilindrada e com scooters. Ela já fez parte de uma joint venture com a Honda, que terminou em dezembro de 2010. O grande "medo" dos fãs e proprietários de motos da Ducati está justamente quem a comprará. 

Diferente do que aconteceu com a Audi, a Ducati poderá perder seu DNA ao ser comprada por um desses (ou outro) grupo internacional. Mas vale lembrar que o mesmo "medo" surgiu com a compra da Volvo pela Geely e da Jaguar/Land Rover pela indiana Tata. E o resultado foi animador. Resta observar.

Fonte: "O motociclista"

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