O prefeito de São Paulo, João Doria, afirmou na última terça-feira (4) que a venda do autódromo de Interlagos vai garantir a presença da Fórmula 1 no Brasil. Doria disse que o circuito paulistano terá obras em seu entorno para facilitar o pagamento do investimento feito pelo comprador. Está prevista a construção de um hotel, de apartamentos de luxo e de um museu, que pode ter o nome do tricampeão Ayrton Senna. Interlagos faz parte de um pacote de privatizações e concessões de R$ 7 bilhões da Prefeitura.

“Entendo que a Fórmula 1 é importante, mas sem o uso de dinheiro público, e sim de capital privado. E é perfeitamente possível que ela continue funcionando com dinheiro e autódromo privados”, afirmou o prefeito, segundo a revista Veja. “Algumas comunidades que estão coladas ao muro do autódromo deverão receber habitação popular, não no local, mas em outra área. No circuito, provavelmente construiremos três edifícios, um de uso misto, ou inteiramente direcionado à hotelaria, e dois para apartamentos de luxo. Com isso, será possível pagar o investimento que a empresa interessada fizer no local.”

Ecclestone pode participar do leilão

Falando sobre o interesse do antigo chefe dos direitos comerciais da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, em adquirir o autódromo, Doria reconheceu que o inglês de 86 anos pode ser um dos possíveis compradores. ”Ele manifestou interesse, vai participar do leilão do autódromo”, disse Doria, que recebeu Ecclestone em seu gabinete nos últimos dias. “Tenho o sentimento de que fundos internacionais também participarão do evento. Não tenho dúvida de que vamos vender Interlagos, e muito bem.”

Ecclestone, no entanto, não deu certeza de que participará do leilão. “Ele não disse ‘sim, eu vou comprar’ nem ‘não, eu não vou comprar’. Vamos esperar. Disse a Chase (Carey, da Liberty Media, que controla a F1) que ele deveria comprar.”

Fotos: Motorsport

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