A noite era do Corolla, cuja reestilização da 11a geração foi apresentada no Brasil na festa de 50 anos do modelo. Mas claro que aproveitamos a proximidade com os executivos da Toyota para conversar sobre outros assuntos. E, óbvio, saber o porquê de o SUV C-HR ainda não estar nos planos da marca para o Brasil. 

Pois bem, entrevistamos o Vice Presidente Miguel Fonseca, um português que conhece muito bem os mercados europeus e sabe quanto o C-HR está agradando por lá. "Ficamos até lisonjeados ao perceber tamanho interesse de vocês no nosso carro, mas o que posso dizer é que, por enquanto, o plano de trazê-lo ao Brasil não é uma realidade. Sabemos da importância do segmento, que representou 16% do mercado nacional em 2016, mas optamos por investir primeiro nos 84% restantes" - leia-se Etios, Corolla e Hilux. 

 

2018 Toyota C-HR: First Drive

 

Sobre uma possível produção do C-HR no Brasil, Fonseca garante que hoje não seria possível sem muitos investimentos. Isso porque o SUV utiliza a nova plataforma TNGA, a mesma do Prius e que será a base para o próximo Corolla, mas ainda não está em nenhum carro nacional. "Assim, a única opção seria importá-lo, mas aí teria o problema do preço", explica o VP.

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Uma saída seria a importação da versão híbrida, que usa exatamente o mesmo powertrain do Prius e teria uma belo desconto no Imposto de Importação. Quando falamos nesta hipótese, Fonseca riu amarelo, como se tivéssemos descoberto a estratégia da Toyota para vender o C-HR aqui. "Não estou dizendo que vamos vender, pois ainda assim ficaria caro, muito próximo do Rav4", hoje tabelado a cerca de R$ 135 mil na versão de entrada. "Mas é claro que estamos olhando para esse segmento e vamos atuar nele num segundo momento".

Ou seja, a aposta deste que vos escreve é de que o C-HR acabará vindo, mas não tão cedo quanto gostaríamos...   

Fotos: Divulgação  

Galeria: Toyota C-HR 2018 - volta rápida

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