Dois dos lançamentos mais aguardados de 2016 são sedãs médios. Chevrolet Cruze e Honda Civic se preparam para desembarcar em nova geração, com plataformas inéditas, motores turbo e muita tecnologia embarcada. Observando este movimento, a Nissan acelerou a estreia do Sentra reestilizado para antes dos rivais. Mas será que suas novidades serão suficiente para segurar a terceira colocação em emplacamentos da categoria? O que é? Esta é a maior mudança do Sentra desde que esta sétima geração chegou ao Brasil em 2013, como modelo 2014. Se olhar apenas a dianteira, parece algo totalmente novo, não sobrando nada do anterior. finalmente a Nissan deixou de lado o desenho tradicional no sedã, inserindo a atual identidade da marca. A grade em “V”, os faróis e o capô mais musculoso levam o Sentra a um patamar mais jovem. Pena que a traseira não tenha seguido o mesmo nível de mudança, exibindo apenas um para-choque maior e redesenhado, além de lanternas com rearranjo das luzes e a presença de um facho de LED. Nas laterais, novas rodas de 16” ou 17”, conforme a versão. O resultado é bonito, mas a dianteira nova destoa do restante do carro.
Volta Rápida: Nissan Sentra 2017 traz pouco para combater os novos rivais
Uma baixa é o câmbio manual de seis marchas. Ele deixa de ser oferecido, já que representava uma parte muito pequena das vendas do sedã. Agora, todas as versões possuem o câmbio CVT ligado ao motor 2.0 flex de 140 cv e 20 kgfm de torque a elevadas 4.800 rpm, seja com gasolina ou etanol. Todo Sentra também recebe o controle de tração e estabilidade (antes equipamento exclusivo das versões mais caras), sensor de estacionamento traseiro, retrovisor fotocrômico, faróis com acendimento automático e central multimídia com tela de 5”.
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Na versão SL, topo de linha, a Nissan investiu pesado em tecnologia de condução. Em um pacote que a marca chama de “Safety Shield”, o Sentra engloba aviso de ponto cego próximo aos retrovisores externos (que apitam caso a seta estiver ligada e existir outro veículo na lateral), o alerta de colisão dianteira (que detecta a iminência de choque com outro veículo) e o aviso de aproximação traseira, que é acionado quando, em marcha a ré, um carro ou pessoa esteja perto em um ponto cego. Como anda? O Sentra possui uma característica que é, por enquanto, única no segmento. O espaço, tanto interno quanto no porta-malas, é algo de destaque no Nissan. O trabalho na parte de conforto foi feito na melhora do isolamento acústico. Ao menos durante o test drive em estrada, notamos redução dos barulhos de suspensão. Na dirigibilidade, uma das boas evoluções deste Sentra está na direção. Além do novo volante, inspirado no do esportivo 370 Z, com uma pegada mais esportiva, a assistência elétrica foi recalibrada e, seja em manobras ou velocidades mais altas, o peso ficou mais condizente com a condição.
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Junto com os amortecedores exclusivos para o mercado brasileiro (maior capacidade de absorção de impactos), deixaram o Sentra mais agradável para ser dirigido por horas - desde que seja calmamente. Numa era de motores turbo, a Nissan ainda usa o 2.0 16v flex aspirado, com injeção indireta e 140 cv, um número baixo para esta cilindrada. Em condição urbana, o motor conversa bem com o câmbio CVT, sendo inclusive outra melhoria a menor vibração e ruído da transmissão. Na estrada, porém, qualquer subidinha faz o motor pedir rotação para manter a velocidade. Aos 120 km/h, no plano, alegra manter apenas 2.000 rpm, mas ele vai gritar se precisar o ritmo num aclive. Como rodamos mais em rodovia, a única média de consumo que temos é a de 13,4 km/l - mas sobre isso falaremos num teste completo em breve. Quanto custa? O Sentra aposenta duas configurações para a linha 2017. A versão de entrada S com o câmbio manual e a topo Unique. Os valores e equipamentos ficaram assim: - Nissan Sentra S (R$ 79.990): Direção elétrica com volante multifuncional e coluna regulável em altura e profundidade, ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos, partida e destravamento de portas com chave presencial, faróis de neblina, farol com luz diurna em LED, lanterna de LED, alarme, sensor de estacionamento traseiro, retrovisor fotocrômico, som com tela de 5”, USB e Bluetooth, computador de bordo, controles de tração e estabilidade, Isofix e LATCH no banco traseiro, rodas de 16” e sensor de luz;
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- Nissan Sentra SV (R$ 84.990): S + bancos em couro, ar-condicionado com duas zonas, piloto automático, Nissan Connect com GPS, câmera de ré e rodas de 17”; - Nissan Sentra SL (R$ 95.990): SV + teto solar, retrovisores com rebatimento elétrico, air bag lateral e cortina, faróis de LED, banco do motorista elétrico, painel com tela de TFT, som Bose, aviso de colisão dianteira, aviso de ponto cego, aviso de tráfego na traseira e retrovisor interno com bússola.
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O volume de vendas será dividido em 70% para o SV, 20% para o SL e 10% no S. A previsão de vendas não muda o atual cenário, no qual o Sentra vendeu 3.403 carros até abril. Vindo do México, o sedã dividirá sua cota com o SUV Kicks, que será importado antes da fabricação nacional marcada 2017, podendo perder espaço dependendo da procura pela novidade que chega em agosto. Por Leonardo Fortunatti (colaboração para o CARPLACE) Fotos: Divulgação Galeria de fotos:

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