Yamaha lança scooter NMax 160 e naked MT-03 no Brasil - veja preços e como andam
A Yamaha lança numa tacada só duas motos bastante aguardadas pelo público brasileiro: o scooter NMax 160 (que recoloca a marca no segmento após a saída do Neo 115) e a MT-03, versão naked da pequena esportiva R3. Ambas tinham sido apresentadas no último Salão Duas Rodas, no fim do ano passado, e chegam às lojas em maio. Fomos conhecê-las de perto no autódromo Vello Città, no interior de São Paulo. O NMax é a aposta da Yamaha para encarar o scooter mais vendido do país, o Honda PCX 150 (que foi recentemente atualizado). Principal destaque do novo modelo fica por conta dos freios a disco nas duas rodas com ABS de série. Assim, o NMax se torna não só o primeiro da categoria com o sistema anti-travamento dos freios, mas também o veículo com ABS mais barato do Brasil. O preço sugerido é de R$ 11.390, sendo o scooter disponível nas cores vermelha, branca e cinza fosca. O PCX sai por R$ 10.814 na versão STD e R$ 11.234 na DLX, mas não oferece ABS nem como opcional.
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Outra atração do novo scooter fica por conta do motor 160 (na verdade 155 cc) refrigerado a líquido e com comando de válvulas variável VVA - a partir das 6 mil rpm atua o comando de alta, sendo que abaixo de 5.500 rpm ele é desativado e atua o comando de baixa. Com a tecnologia, é possível variar o tempo e a abertura da válvula, favorecendo o torque e a economia em baixas rotações e a potência em altas. O resultado é expressivo, com 15,1 cv de potência e 1,47 kgfm de torque - contra 13,1 cv e 1,36 kgfm do PCX. A transmissão, como esperado num scooter, é automática do tipo CVT, de relações infinitamente variáveis. A Yamaha destaca ainda o uso de painel inteiramente digital, de leitura fácil e visual moderno. Interessante também o econômetro em barrinhas, que mostra em tempo real se a condução está sendo econômica (ou não). Temos velocímetro em destaque, marcador de combustível, mostrador de consumo médio, hodômetros, relógio e até mesmo luzes-espia para manutenção: a de troca de óleo, que acende aos 1 mil km (e depois de 5 mil em 5 mil km), e a da troca da correia do CVT (a cada 20 mil km).
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A suspensão usa garfos comuns na dianteira, com 100 mm de curso, e double shock (bi-amortecida) na traseira, com curso de 90 mm. Apesar de não usar rodas grandes (são aro 13", contra 14" do PCX), o NMax compensa com pneus mais largos (110/70 na dianteira e 130/70 na traseira) para se dar bem no esburacado cotidiano brasileiro. Sob o banco há um porta-objetos de 25 litros, suficiente para um capacete fechado.
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Em termos visuais, o NMax chama a atenção pelo estilo moderno e compacto, tendo como ponto alto os faróis com LED (luzes de posição são lâmpadas comuns) e a luz de freio também de LED, que garantem brilho especial ao conjunto óptico. Também chama a atenção o acabamento caprichado, tendo, por exemplo, plásticos com texturas nas carenagens. Os comandos ficam bem à mão e o tanque de 6,6 litros, em posição central, permite abastecimento sem precisar levantar o banco. O peso total do conjunto é de 127 kg, em ordem de marcha.
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Já a MT-03 completa a família Master of Torque trazendo o estilo invocado das 09 e 07 para um modelo mais acessível, leve e compacto. Na verdade, quem conhece a esportiva R3 sabe do que se trata a MT-03, pois é a versão naked dela. Ou seja, usa o mesmo chassi, motor, rodas e pneus, freios, suspensões, rabeta, painel... O que muda é a mesa com novo guidão mais aberto e alto (no lugar do semi-guidão da R3) e a dianteira com farol que remete à gama MT, bem como as carenagens laterais. Em relação à R3, o guidão está 39 mm mais alto e 19 mm mais próximo do piloto.
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O motor é o conhecido bicilíndrico refrigerado a líquido de 321 cc, que rende 42 cv de potência e 3,02 kgfm de torque, acoplado ao câmbio de seis marchas. As suspensões usam garfos de 41 mm de diâmetro na dianteira e monoamortecedor na traseira, com ajuste da pré carga. O peso total é de 166 kg na versão standard e de 169 kg no modelo com freios ABS. A altura do assento, de 780 mm, é a mesma da R3.
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Os preços da MT-03 são de R$ 18.790 e R$ 20.790 (com ABS), sendo a principal concorrente a Kawasaki Z300 - que sai por R$ 17.990 ou R$ 19.990 com ABS. As cores oferecidas pela Yamaha serão vermelha, preta e cinca fosco. Tanto para o NNax quanto para a MT-03 a marca vai oferecer o seguro sem perfil em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, com os seguintes valores: R$ 1.850 na NMax, R$ 1.880 na MT-03 STD e R$ 2.050 na MT-03 ABS. Por fim, a Yamaha destaca que as revisões de ambos os modelos possuem preço fixo. Em ação Durante um breve contato na pista, o NMax deixou ótima impressão. E principalmente por causa do conforto das suspensões - justamente ponto fraco do PCX. Ainda que o asfalto lisinho do autódromo não permitisse a avaliação em buracos, ficou nítido como o scooter da Yamaha é bastante macio, especialmente na traseira. Até atropelei as zebras da pista de propósito algumas vezes para ver se encontrava solavancos, mas ele respondeu sempre com suavidade. O motor de 15,1 cv também demonstrou bom fôlego, mesmo nas subidas da pista. Bastava girar o acelerador com vontade para o NMax não perder o pique nos aclives. Na reta principal deu para atingir mais de 110 km/h no painel digital, que aliás tem ótima visualização. Outro ponto positivo ficou por conta dos freios potentes, com discos de 230 mm, que exibiram forte mordida - além, é claro, de poderem ser exigidos com vontade sem medo de travamento, por conta do ABS.
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Também gostamos da leveza e agilidade para mudar de direção nas sequências de curva do circuito. Fora isso, a capacidade de inclinação é boa, permitindo até algumas curvinhas mais ousadas. No entanto, queremos mesmo é saber como ele se comporta na cidade, para o que aguardaremos nosso teste completo.
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Quanto à MT-03, sem surpresas. É um produto tão capaz quanto a R3, com a vantagem (pelo menos no meu ponto de vista) da posição mais ereta e menos cansativa. Tem o mesmo excelente desempenho para uma "trezentas", com o motor bicilíndrico respondendo bem tanto em baixos giros como "lá em cima". Ronco gostoso, suspensão bem calibrada (é firme sem ser dura), freios eficientes (não abra mão do ABS opcional) e uma ciclística pra lá de divertida fazem da caçula das MTs uma das motos mais competentes do mercado na faixa dos R$ 20 mil. Faltou apenas a embreagem deslizante para evitar travadas na roda traseira em reduções bruscas (item presenta na rival Z300), situação na qual a MT-03 rabeia e pede atenção do piloto. Texto e fotos: Daniel Messeder, de Mogi Guacú (SP) Fotos movimento: Yamaha Galeria de fotos:

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