Após meses seguidos de flagras e especulações, a nova geração da picape Hilux finalmente foi apresentada de forma oficial. Em cerimônia realizada simultaneamente nas cidades de Bangkok, na Tailândia, e Sidney, na Austrália, a Toyota revela a oitava geração da picape em todos os detalhes. Nesta linhagem, o modelo carrega a palavra "revolução" como mote para divulgação publicitária, prometendo avanços significativos nas áreas de tecnologia, motorização e, principalmente, segurança.
Visualmente, as linhas inteiramente revistas vão ao encontro dos lançamentos mais recentes da marca, especialmente o Corolla. Perceba que o desenho dos faróis, que avançam sobre as laterais, e a união deles com a grade remete diretamente ao conjunto frontal do sedã. De perfil os traços seguem limpos e simples, com destaque para a janela traseira agora dividida e o fim das molduras plásticas nas caixas de roda. A traseira traz lanternas com bases que avançam sobre a caçamba e o tradicional para-choque cromado.
Na cabine as mudanças foram drásticas. O painel agora exibe formas mais dinâmicas e materiais mais refinados, além de recursos tecnológicos indisponíveis no antigo modelo, como computador de bordo com tela LCD. Para os passageiros do branco traseiro, há 1,9 cm a mais de espaço para os ombros, 0,8 cm para a cabeça e 3,5 cm para os joelhos. Além disso, há saídas de ar exclusivas, bancos rebatíveis e apoio de braço central.
No quesito equipamentos, a Toyota destaca a câmera de ré (de série no mercado asiático), partida por botão, ar-condicionado automático, sistema de fixação Isofix para cadeirinha e chave tipo keyless. Entre os itens de segurança, marcam presença controles de tração e estabilidade, sistema anti-rolagem para reboque, freios ABS com EBD e até sete airbags. Há ainda sistema de tração com acionamento eletrônico, rodas de 17 polegadas e bloqueio do diferencial ativado por botões.
Ao todo a nova Hilux será oferecida em 31 configurações diferentes, oito a mais que no modelo anterior. Ainda segundo a marca, a capacidade de reboque foi ampliada para 3.500 kg, ao passo que o limite de carga agora é de 1.240 kg. Com ajustes significativos no conjunto de suspensão, a picape promete dirigibilidade digna de carro de passeio. Na dianteira há braços duplos e barra estabilizadora reforçada, enquanto na traseira foi otimizado o sistema de amortecedores e os feixes de molas, agora mais longos.
Sob o capô serão quatro opções de motorização. A diesel, o novo 2.8 da família GD rende 177 cavalos e 45,8 kgfm de torque entre 1.600 e 2.400 rpm, podendo vir acoplado a um câmbio automático de seis marchas ou manual de iguais seis relações (neste caso o torque cai para 42,8 kgfm). A outra opção é o 2.4, também GD, com potência de 150 cv e torque de 40,8 kgfm com opção de câmbio AT ou manual de cinco velocidades (neste caso com 34,9 kgfm).
A gasolina, o propulsor de entrada é o 2.7 de quatro-cilindros com potência de 166 cv (que por aqui será Flex) e opção de câmbio manual ou automático. A oferta de maior potência fica por conta do 4.0 V6 aspirado de 281 cv e iguais opções de transmissão. Dados de performance e consumo ainda não foram revelados para nenhum dos conjuntos.
No Brasil, a chegada da picape está prevista para o final do ano. A produção na fábrica argentina de Zárate será iniciada por volta do mês de novembro e investimentos da ordem de US$ 800 milhões foram aplicados para modernizar e ampliar a unidade.
Galeria: nova Toyota Hilux