Garagem MOTO #1: Honda CB 650F chega com espírito de diversão diária
Garagem MOTO #1: Honda CB 650F chega com espírito de diversão diária
Seja carro ou moto, quanto mais potente e nervoso o modelo, menos ele fica amigável para o dia-a-dia. Pois a Honda lança mão de uma proposta interessante com a nova CB 650F: uma naked com motor de quatro cilindros (que gera 87 cv e bons 6,4 kgfm de torque) de cilindrada intermediária e muito fácil de pilotar, mesmo para quem não tem experiência em motos "grandes". Para ver se ela é realmente divertida e parceira no uso cotidiano, a nova Honda chega para nossa avaliação de 30 dias, sendo 15 dias com a CB 650F (naked) e outros 15 com a CBR 650F (versão carenada).
O modelo de estreia é uma CB 650F com ABS nas cores do Team HRC (branca, vermelha e azul), tabelada a R$ 31.690. Recebemos um exemplar quase zerado, com apenas 650 km rodados, e já demos início aos trabalhos. Vale lembrar que nosso contato inicial com a nova CB aconteceu num autódromo, e agora estávamos ansiosos para pilotá-la nas ruas.
Como havia dito na primeira avaliação, a 650F chama atenção pelo porte quando vista ao vivo. Por coincidência, estamos também com uma naked 1000 cc na garagem, e foi inevitável perceber como a Honda é bombada e imponente mesmo diante da moto de maior cilindrada. Nas ruas, a resposta do público foi bastante positiva: "Ficou mais bonita que a Hornet, hein?!", comentou o frentista do posto. Já o motociclista no semáforo quis saber o preço e emendou, "se não tiver ágio será minha próxima".
Um dos destaques é o farol com luzes de LEDs nas pontas, que causam ótimo efeito visual. As rodas douradas e o escape praticamente embutido no quadro também favorecem a estética. Na minha opinião, porém, a lanterna quadrada ficou um tanto careta quando comparada ao restante do conjunto, apesar da iluminação por LED's. O tanque tem bom encaixe para as pernas e as pedaleiras deixam as pernas bem flexionadas, mostrando a aptidão da 650F para baixinhos. O guidão é alto e largo, proporcionando que as costas fiquem eretas e garante uma posição de pilotagem relaxada.
O peso total de 194 kg não chega a ser uma pluma para uma 650, mas em movimento a agilidade e facilidade de comando da nova CB fazem parecer que estamos a bordo de uma moto pequena. Com apenas 775 mm de largura, a 650F é esguia para passar no corredor entre os carros e a suspensão, embora seja firme, não chega a ser dura a ponto de incomodar em pisos judiados. O painel também é bem mais legal que o das CB 500, por exemplo, com dois mostradores digitais divididos. O conta-giros em formato meia-lua é ótimo de visualizar, bem como o velocímetro digital. A lamentar, porém, a falta de um indicador de marcha.
No quesito acabamento, a Honda fez apenas a lição de casa: está tudo certinho e bem montado, mas uma 650 deveria trazer retrovisores de aspecto mais refinado (ao menos são grandes) e comandos mais bacanas - sem contar a posição invertida entre sete a buzina, que sempre me confunde. O banco é grande e acomoda bem o "traseiro", mas parece um pouco duro depois de algumas horas montado.
O motor de quatro cilindros gira suave e entrega seus 6,4 kgfm de torque a 8 mil giros, deixando a tocada bem esperta na cidade, com aquela agradável sensação de força nas saídas e retomadas. Como nas demais Honda, destaca-se a leveza da embreagem e a maciez e precisão do câmbio de seis marchas, o que favorece o uso diário - além de o motor não esquentar as pernas. Para uma moto urbana, os 87 cv disponíveis são mais do que suficientes para uma pilotagem dinâmica e divertida, enquanto os freios com disco duplo na dianteira e simples na traseira estão bem dimensionados. Em nosso primeiro rolê urbano, a média de consumo ficou em 18,5 km/l.
Em breve contaremos como ela se sai na estrada e encarando um circuito sinuoso. Aproveite para deixar suas dúvidas e comentários sobre a 650F no espaço abaixo. Fique ligado no Garagem MOTO!
Texto e fotos: Daniel Messeder
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