Crédito: www.nydailynews.com Cuba anunciou no fim do mês passado uma medida para pôr fim às inúmeras restrições legais que há mais de 50 anos impediam o comércio livre de carros no país. O plano entrou em prática na última quinta-feira (2) com grande expectativa, mas frustou boa parte da população cubana por conta dos preços impressionantemente altos. Conforme relata o site local Café Fuerte, o valor pedido, por exemplo, por um Peugeot 508 é de absurdos 263.185 CUC (pesos convertidos), algo equivalente a mais de R$ 600 mil.
Cuba: livre comércio de carros começa com Peugeot 508 por astronômicos R$ 600 mil!
O fato chama atenção não só pelo preço alto em si, mas também pelo baixo poder de compra do cidadão cubano. Em média, o salário mínimo na ilha comunista não ultrapassa do equivalente a R$ 100. Não obstante, os carros usados, que poderiam ser uma alternativa mais barata, também são absurdamente caros. Um Hyundai Sonata 2009, por exemplo, não sai por menos de 60 mil CUC (cerca de R$ 140 mil), enquanto um Suzuki Jimny 2008 tem preço sugerido de 69.195 CUC (R$ 162.000). A situação, no entanto, já foi pior. Até 2011, os cidadãos cubanos só podiam vender ou comprar carros fabricados antes de 1959, a maioria importados dos Estados Unidos antes da revolução. A partir de então, o presidente Raúl Castro liberou a comercialização de modelos usados de todos os anos, mas a preços previamente estabelecidos. Carros novos, porém, só eram oferecidos pelo Estado a pessoas selecionadas, geralmente integrantes do próprio governo. Agora, com a livre comercialização, os veículos serão vendidos a qualquer cidadão que puder comprá-los, mas em agências estatais criadas especialmente para este fim. Como diferencial, haverá taxação de 20% para os modelos vindos de fora. O dinheiro arrecadado com os impostos será investido na modernização do transporte público, afirma o governo.

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