Venda de importados desaba 21,6% no semestre - ABEIVA vê riscos de até 10.000 demissões
A vida das marcas filiadas à ABEIVA (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos) já não estava fácil por conta do aumento do IPI em 30 pontos percentuais para os importados. Com a alta do dólar, a situação piorou. De acordo com os números divulgados pela associação nesta terça-feira, as vendas despencaram 21,6% no primeiro semestre.

O clima entre os filiados é de muita apreensão. Em coletiva realizada nesta terça-feira (10), Flávio Padovan, presidente da ABEIVA, disse que muitas empresas não terão outra alternativa a não ser demitir funcionários e restringir suas operações. Algumas marcas já sinalizam que terão que encerrar as operações.

De acordo com Padovan, o reflexo mais imediato deste desempenho é a demissão de cerca de 10 mil funcionários em apenas dois ou três meses. Padovan também criticou a falta de possibilidade de diálogo com o Governo, sendo que a entidade vem à dois meses tentando ser ouvida em reunião em Brasília, mas sem sucesso.

Além do fato de tirar a possibilidade do consumidor brasileiro comprar veículos mais modernos e seguros disponíveis fora do país, Padovan também ressalta que no pior dos casos, o encerramento das operações de algumas importadoras, os brasileiros também soferão com falta de assistência técnica e dificuldades em encontrar peças de reposição.
Para se ter uma ideia do volume das quedas, a ABEIVA informou que em junho foram comercializados 11.201 veículos, número que é 9,6% menor que o registrado em maio, mas que se comparado à junho de 2011, o percentual é de alarmantes 41,4%.



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