Impressões ao dirigir: Novo Chevrolet Cruze Sport6 (Hatch)
A Chevrolet escolheu o seu Centro de Design localizado em São Caetano do Sul, SP, para a apresentação oficial do Novo Cruze Hatch, modelo que recebeu o sobrenome Sport6 para destacar o seu posicionamento como hatch médio de visual mais esportivo. Foi de lá que partimos para um test drive de cerca de 80 quilômetros, onde registramos as primeiras impressões ao dirigir o modelo. Confira as impressões ao dirigir o Novo Chevrolet Cruze Sport6.

O Novo Cruze Sport6 chama muito a atenção pelo seu porte. Apesar de ser um hatch médio, o modelo tem dimensões muito parecidas com as do sedã, sendo apenas 9 cm menor em comprimento (4.510 mm), por exemplo. A largura total de 2.098 mm e a altura de 1.477 mm deixam o Cruze Hatch visualmente bem maior do que Vectra GT, modelo que o antecede. A distância entre eixos de 2.685 mm é a mesma do Cruze Sedan, o que confere exatamente o mesmo espaço para as pernas tanto nos bancos dianteiros como no traseiro.

Um dos destaques visuais no design do Cruze é a linha do teto arqueada, que se estende desde o pára-brisa até os pilares traseiros. Um fato interessante é que este desenho do teto "demora mais" para cair, o que acaba resultando em um espaço maior para a cabeça no banco traseiro se comparado ao sedã.

Na parte dianteira, o visual da versão hatch se distingue da sedã por algumas pequenas alterações, todas concentradas no para-choque. A primeira é utilização da grade inferior com desenho no estilo colméia, sem vincos. A segunda alteração está presente no acabamento cromado na moldura dos faróis de neblina. A terceira e última é ainda mais sútil, com a adoção de uma espécie de spoiler na base inferior do para-choque, fato que o deixa ainda próximo do solo. O mesmo recurso foi aplicado nas laterais.

A Chevrolet conseguiu, assim como o feito do Vectra GT, encontrar uma fórmula interessante visualmente para a harmonia da traseira com o restante da carroceria. Um tanto elevada, as lanternas com elementos internos circulares são relativamente grandes e invadem as laterais.

A parte interna é a mesma do sedã, mas para realçar o aspecto esportivo, o Cruze Hatch terá acabamento apenas em um tom, escuro. Todo o restante é igual: painel, botões de comandos, volante, bancos e todos os demais ajustes. Outra novidade do modelo, que virou moda no segmento, é o teto solar elétrico.

Debaixo do capô está o motor 1.8 Ecotec6 flex de 16 válvulas que entrega 144 cavalos de potência e 18,9 kgmf de torque a 3.800 rpm quando abastecido com etanol. As transmissões podem ser automática ou manual, ambas com seis marchas.

Como dissemos anteriormente, a lista de itens de série é a mais completa da categoria, trazendo entre os principais a direção elétrica, airbags laterais e frontais, controle de tração, controle de estabilidade, freios ABS, ar-condicionado digital, piloto automático, retrovisores com desembaçador, central multimídia e rodas de alumínio de 17 polegadas.
Impressões: Dirigindo o Novo Cruze Hatch

Assim como o sedã, o Cruze Hatch recebe bem o motorista. Os bancos com formato mais esportivo acomodam bem o motorista e também possui o ajuste de altura. Aliado aos ajustes de altura e profundidade do volante, ajuste elétrico dos retrovisores, é fácil encontrar a posição ideal para dirigir. O tom mais escuro passa a impressão de que o espaço interno é menor, mas isso é só impressão mesmo.

Escolhemos a versão equipada com o câmbio manual de seis marchas para o test drive para constatar o lado "esportivo" do modelo. Com este câmbio, é possível trabalhar melhor todas as faixas de rotação do motor, tanto para uma condução mais nervosa quanto uma mais comedida. Os engates são curtos e precisos, e isso é bem legal. No entanto, o Cruze Hatch também sofre em baixas rotações, sendo necessário elevar o giro do motor para empurrar o carro com mais agilidade.
O câmbio manual é bem agradável de se manusear, principalmente pela curso bem curto. Por outro lado, é necessário um período de adaptação para o seu manuseio no momento em que se faz as trocas da quinta para sexta marcha. É necessário "empurrar" bastante a manopla para o lado direito para engatar a sexta corretamente, pois se apenas puxar (como é costume em carros de cinco marchas), acaba entrando a quarta. Mas isso é só uma observação que um breve tempo de convivência tornará imperceptível.

Como o conjunto mecânico, entre-eixos e a até as rodas possuem as mesmas medidas do sedã, o estilo de condução é muito semelhante. E isso é bom. O Cruze Hatch, equipado com direção elétrica, oferece movimentações muito diretas. A suspensão bem firme, mas confortável, deixa o carro na mão e transmite muita segurança ao motorista. No trajeto existiam poucas curvas, mas foi possível constatar que a carroceria mantém-se firme, e os apoios laterais dos bancos seguram bem motorista e passageiro.
Em termos comparativos com os concorrentes, o Cruze Hatch tem um ajuste de suspensão mais parecido com o Hyundai i30, porém a Chevrolet conseguiu um acerto que oferece um carro bem mais confortável e bem menos duro do que o coreano, mesmo com as rodas nas mesmas medidas.

Em resumo, para quem gosta de um carro com acerto mais esportivo (não estamos falando de potência nem desempenho, mas de acerto de suspensão e estilo de condução), o Cruze Hatch passa a ser uma referência, com direção bem direta e excelente ergonomia que "veste" bem o motorista.

No entanto, a estratégia de preços da Chevrolet, que inicia a oferta do modelo por R$ 64.900 e atinge R$ 79.400 na versão top de linha, pode fazer com que potenciais compradores não se empolguem em ver o carro. O nosso palpite é que após o efeito novidade, assim como já acontece com o sedã (encontrado em SP por R$ 62.000 para versão LT manual e R$ 64.500 para LT automática), os preços comecem se acomodar num patamar mais nivelado com os concorrentes.
Mais sobre o Cruze Hatch:
Ficha Técnica - Cruze Sport6 (Hatch)
Preços e detalhes das versões do Cruze Sport6 (Hatch)
Galeria de Fotos do Novo Cruze Hatch











