Garagem CARPLACE: Avaliação final do Citroën AirCross
Durante o teste do Citroën AirCross, rodamos cerca de 850 km entre cidade e estrada. Testamos todos os recursos do carro, mostramos a outros motoristas interessados em carros deste segmento, comparamos rapidamente com concorrentes e chegamos a algumas considerações finais. 
O Citroën AirCross é um carro para uso familiar. Tem bom espaço interno e alguns mimos para uso familiar (pelo menos na versão avaliada). Para quem tem filhos pequenos, o porta-malas comporta bem o transporte de carrinho de bebê. Já a fixação da cadeirinha/bebê-conforto exige um pouco mais de atenção, pois o cinto de segurança traseiro é encaixado no seu exato bocal (mesmo com dois disponíveis, os engates possuem "segredos" diferentes). Clique nas imagens para ver em alta resolução. 
O AirCross também é um carro para quem gosta de um carro imponente, grande e que chama a atenção por onde passa. Essa afirmação foi uma rotina em todos que tiveram acesso ao carro (familiares, amigos e até com os manobristas). Como falamos anteriormente, o gosto é subjetivo, mas em nossa opinião, a Citroën acertou a mão e criou um belo carro. 
O motor poderia ser maior, mais potente. Talvez um 1.8 desse mais esperteza ao carro. Com o motor 1.6 16V, para conseguir agilidade, é preciso pisar bem no acelerador. O reflexo disso acaba literalmente no tanque de combustível, elevando o consumo do modelo. 
O acabamento interno é um dos pontos altos do modelo. Comparado ao seu principal concorrente, o Ford Ecosport, o modela da marca francês tem ampla vantagem. O desenho é moderno e os encaixes são perfeitos, sem rebarbas ou algo que comprometa. O quadro de instrumentos também é atual e seu grafismo nas cores branca e vermelha remetem à modernidade. O AirCross avaliado já estava com 12.000 km rodados, e se considerarmos que é uma unidade de frota (para imprensa), estava com tudo em ordem. Somente um ruído vindo da região da tela colorida no painel ao passar em ruas extremamente esburacadas foi notado. 
Não testamos em ambiente off-road reais (como uso em sítios, estradas de terra ou lama). No entanto, é nítido que seu acerto é muito mais voltado para a cidade, oferecendo conforto aos ocupantes e bom espaço interno. Até mesmo a estabilidade não compromete o carro. Considerando a suspensão mais alta e o pneu de uso misto, o uso na terra deve se comportar bem. 
Os números de emplacamentos mensais mostram que o AirCross está mesmo agradando. Longe das 4.000 unidades do EcoSport, o AirCross têm conseguido manter a média de 1.500 unidades mensais, o que é um bom número considerando a diferença entre rede de concessionárias da Ford e a da Citroën. De olho neste segmento, a Volkswagen prepara a Space Cross, a versão aventureira urbana do SpaceFox. Pelo porte dos dois, o AirCross ainda leva vantagem na imponência e pela atualidade do projeto, visto que o atual SpaceFox é apenas uma reestilização da primeira geração. Um concorrente a altura do AirCross é o Nissan Livina X-Gear, mas como ainda não avaliamos o carro, não temos como emitir uma opinião mais precisa. 
Apesar dos detalhes que faltam citados na matéria anterior, o AirCross é uma das opções mais interessantes deste segmento. Para quem não gosta de todo o aparato off-road, ainda este mês a Citroën lançará a versão "comum" do modelo, o Novo C3 Picasso. 




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