CARPLACE teve a oportunidade de avaliar o novo Volkswagen Space Cross, na versão I-Motion (equipada com o câmbio automatizado de cinco marchas) e motor 1.6 8V Total Flex por cerca 160 quilômetros na região de Campinas, São Paulo, passando por boas rodovias, estradas de terra e vias urbanas. Confira os detalhes. 
Impressões: Dirigimos o Novo VW Space Cross no asfalto e na terra
O visual aventureiro Ao vivo, o visual do Novo Space Cross agrada. A Volkswagen preferiu aplicar um visual esportivo um pouco mais sóbrio, com a mesma dianteira do Cross Fox, molduras em plástico nas caixas de rodas, para-choques e spoiler com detalhe em tom de alumínio e um largo borrachão que também têm a função de carregar o nome Space Cross embutido. CLIQUE NAS IMAGENS PARA VER EM ALTA RESOLUÇÃO
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Na traseira, a decisão mais acertada. Mesmo trajando um visual aventureiro, o design é bem limpo e sem o estepe pendurado na tampa do porta-malas (está dentro do carro). Na tampa traseira, os únicos detalhes cromado são o emblema da Volkswagen e a identificação da versão I-Motion enquanto que o nome do carro está embutido em baixo relevo no para-choque. Barras de bagageiro no teto na cor preta, um aerofólio na parte superior do porta-malas e as rodas de liga leve de 15 polegadas na cor cinza completam o visual aventureiro.
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Na parte interna, a marca preferiu manter o “Padrão Volkswagen” e aplicou mudanças discretas. Na versão equipada com câmbio manual, os mais atentos observarão a inscrição “Cross” na alavanca do câmbio. Na soleira das portas dianteiras placas com o nome Space Cross e as pedaleiras em alumínio são os detalhes diferenciais da versão. Os bancos têm relevos e são revestido com o tecido do tipo “Malharia Sound” na cor preta, mas a marca oferece bancos de couro como opcional. Ao volante
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Ao tomar o assento na Space Cross, a sensação é a mesma de estar em qualquer modelo da linha Fox. A coluna de direção possui ajuste de altura e profundidade que em conjunto com o ajuste de altura do banco, permite encontrar uma boa posição para dirigir com tranqüilidade. Como em todo modelo da linha Fox, a larga coluna A (do para-brisa) atrapalha um pouco a visibilidade lateral.
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Avaliamos a versão equipada com o câmbio I-Motion. Logo na primeira parte do teste rodamos por algumas rodovias bem pavimentadas e sofremos um pouco para nos entender com o câmbio. Tentamos seguir somente no modo manual, mas neste modo o motor 1.6 de 104 cavalos demorava para deslanchar. Passando para o modo manual, com opção de trocas no volante, o desempenho do carro melhorou bastante e as trocas ocorriam de forma mais suave.
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Um dos pontos de destaque da Space Cross é o baixo nível de ruído interno. Rodando a 120 km/h, o giro do motor ficou em 3.200 rpm sem invasão do barulho do motor para a cabine. Quanto à estabilidade do modelo, mesmo sendo 32 mm mais alta na parte dianteira e 35 mm na traseira em relação à versão normal, o Space Cross demonstrou bom comportamento nas curvas com baixa inclinação da carroceria mesmo entrando em velocidades mais elevadas. No entanto, observamos uma pequena trepidação do volante quando seguimos num trecho reto (ainda na velocidade de 120 km/h).
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Também rodamos alguns quilômetros em vias de terra, com muitos buracos, pedras e muita poeira. Outra surpresa: o Space Cross se comportou bem, e desconsiderando o sacolejo, a suspensão transmitiu segurança mesmo em velocidades um pouco mais elevadas no percurso e manteve o conforto dentro da cabine. Não foi um desempenho de um modelo 4x4, mas o resultado final foi satisfatório. No entanto, vale lembrar que apesar da suspensão mais alta e calibrada para trechos deste tipo, a Volkswagen não equipou o Space Cross com pneus de uso misto, mantendo o Pirelli P7 (mais indicado para ruas pavimentadas).
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Conclusões Em resumo, as modificações na suspensão do Space Cross, no tamanho da bitola e os pneus R15 205/55 conferem uma boa estabilidade ao modelo. O visual aventureiro não é exagerado enquanto a parte interna segue o padrão sóbrio presente em todos os modelos da marca. O rodar é firme e confortável com baixo ruído interno. O desempenho do motor 1.6 é razoável, atendendo mais a um perfil de condução familiar do que aventureiro. O preço inicial de R$ 57.990 é salgado e mais alto do que todos os concorrentes, mesmo considerando a direção hidráulica, airbag duplo frontal, freios com ABS, vidros e travas elétricas e o sensor traseiro de estacionamento, mas nossa aposta é de que na prática o modelo seja vendido por bem menos que isso. Basta ver a situação do Novo SpaceFox, lançado por R$ 49.900 e agora facilmente encontrado nas lojas por R$ 42.990 na versão inicial e cor sólida. Texto e Fotos: Fábio Trindade

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