O que já era moda no Brasil (para quem tem $$), agora se tornou essencial no México. A guerra com o narcotráfico fez com que famílias de classe média passassem a investir na blindagem de veículos. As vendas subiram 20% em 2010, o ano de maior violência da guerra contra os cartéis de drogas. Conforme informou a Associação Mexicana de Veículos Blindados, 1.900 unidades já foram negociadas até o momento. O conflito entre os cartéis e o governo já matou mais de 33 mil pessoas desde o final de 2006, fazendo com que cidadãos comuns passassem a temer por suas vidas e começassem a adquirir produtos que antes eram de uso exclusivo para milionários, agentes do governo e executivos estrangeiros. Embora os automóveis mais sofisticados custem mais de 120 mil dólares e estejam fora do poder aquisitivo dos consumidores de classe média, estes passaram a adquirir coletes à prova de balas e a blindar ao menos os vidros de seus veículos. Em relação ao Brasil, a cidade de São Paulo ainda permanece no topo quanto à fabricação e venda de blindagens para uso civil. E o medo não é a única razão para isso; as facilidades de financiamentos e a estabilidade econômica também contribuíram para o fenômeno. Outro dado importante diz respeito às novas regras adotadas pela Abrablin – Associação Brasileira de Blindagem. Há algum tempo o setor segue a norma 15000:2005 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que classifica os serviços para impactos balísticos, especifica como deve ser a fabricação, acabamento, embalagem da blindagem, a rastreabilidade, além de estabelecer os critérios de avaliação bem como os métodos de ensaio e níveis de aceitação e recusa destas. Como é feita a blindagem? Vidros - A grosso modo, podemos dizer que a blindagem segue o padrão de um sanduíche: o vidro faz o papel do pão e a resina sintética ou o plástico assume o lugar do recheio. O calibre das balas que o carro deverá suportar é que determinará o número de camadas e a composição dos materiais. Em outras palavras, a resina e o plástico podem tanto colar um vidro no outro como abafar o impacto da bala impedindo que o vidro se fragmente. A blindagem faz o tempo de frenagem diminuir e deixa o carro mais baixo, por isso a recomendação de se calibrar os pneus com máxima pressão. O tipo mais comum cobre todas as partes da cabine, excetuando-se o piso, e tem de 100 a 200 kg. E, embora alguns “prefiram” blindar somente os vidros, isso não é aconselhável uma vez que tal serviço corresponde a aproximadamente 70% de todo o serviço. Os defeitos mais comuns dizem respeito a pequenas bolhas nos vidros que surgem nos espaços entre as camadas superpostas. Se em seus planos está a aquisição de um veículo blindado, o ideal é comprar um 0 km e pagar pelo serviço, cujo preço irá variar de acordo com o grau solicitado. Relevante é se informar se o veículo já vem de fábrica com algum tipo de blindagem e ficar atento às exigências de alguns documentos, tais como a certidão negativa de antecedentes criminais e uma autorização do Exército permitindo que o automóvel possa circular. E, mesmo sendo ele um popular, esteja ciente de que o trabalho custará quase que o triplo do valor do veículo e reduzirá o desempenho do motor. Sites especializados podem dar uma ideia de valores. Há ainda empresas que trabalham com consórcios e aquelas que financiam em até 12 vezes. Tudo dependerá do “tamanho” do seu bolso. Níveis de blindagem: Por: Michelle Sá - Fonte: Auto Esporte / Carros na Web / G1

Galeria: Blindagem de carros agora é "moda" no México

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